15 de maio de 2009

Time de Fragoso conquista quarto lugar na Danone Copa das Nações

Desde quando o Estrela da Serra ganhou a copa de futebol promovida pelo projeto Circuito Comunitário Saudável, o time só tem vitórias para celebrar. Em abril, os meninos de Fragoso, Magé, conquistaram o quarto lugar na Danone Copa das Nações – o maior torneio de futebol infantil do mundo. E não para por aí: Matheus Duarte, jogador do time, ficou com o título de melhor jogador da competição e recebeu convite para teinar no CFZ. Outro jogador do time foi convidado para jogar no Botafogo.

Técnico do time, Nelson Cardoso, 44 anos, atribui o sucesso a treino, dedicação e amor pelo trabalho que desenvolve com crianças. Trabalho que começou quando os meninos do atual time ainda nem sonhavam em nascer:

“Quando eu tinha uns 15 anos ganhei um jogo de camisas e montei um time. Como sempre tinha um de camisa rasgada o time acabou conhecido como Rasgadinho Futebol Clube (risos). Depois mudamos o nome para Estrela da Serra e estamos sempre ganhando os campeonatos aqui na região”.

Motorista de ônibus, Nelson divide o tempo entre o trabalho e o time: “Gosto muito de crianças. Minha esposa sempre reclama dizendo que eu trabalho a semana inteira e fim de semana fico direto no campo com eles. As pessoas as vezes não vêem a felicidade que a gente fica quando um deles faz um gol.”

A receita parece dar certo. O time, que treina uma vez por semana, competiu com outros 36 times na Danone Copa das Nações. Dois jogadores do Estrela da Serra foram vistos por olheiros e encaminhados para outros times de futebol: Lucas Galdino, 11 anos, está no Botafogo e Mateus Duarte, 10 anos, no CFZ do Rio.

“Tinham olheiros acompanhando a Copa Danone. E vieram conversar com a gente para levá-los aos times. O Lucas foi convidado no primeiro dia de jogo e o Matheus nas oitavas de finais”.

Aprovados nos testes, ambos já estão federados e mesmo com poucos dias de treinos nos novos times, já foram escalados para competirem a Copa Rio Bonito, que começou no início de maio.

Mas nem tudo são flores...

Embora estejam em times grandes, a categoria pré-mirim não recebe para jogar. Sem renda, os garotos estão dependendo do técnico, parentes e vizinhos para continuarem treinando. A dificuldade agora está sendo para custear as passagens e alimentação dos pequenos jogadores. Matheus está treinando três vezes por semana na Barra da Tijuca, onde fica o campo do CFZ e Lucas, diariamente, desloca-se para Marechal Hermes para treinar no campo do Botafogo.

Pai de Lucas, Luciano Botelho, 32 anos, disse que ele e a esposa acabaram de fazer um empréstimo para conseguirem custear as despesas com o filho que chega a R$ 600 por mês só com passagem e alimentação. Ajudante de pedreiro, ele tem trabalhado diariamente:

“Ele já joga desde pequeno. Sempre gostou de bola. Eu não participava muito dos treinos, mas as pessoas sempre diziam para arrumarmos um lugar para ele, mas a gente nunca teve condições. Agora surgiu essa oportunidade e não queremos perder essa porta que se abriu. Se depender de mim vai seguir em frente. Faço qualquer coisa pelo meu filho. Eu e a mãe dele temos trabalhado de segunda a segunda.”

E completa: “Estamos pegando tudo quanto é extra para custear. Ainda bem que apareceu essa benção de Deus para levar [o técnico] meu filho aos treinos sem cobrar nada. Nós falamos para o Lucas: Nunca se esqueça de Deus, da sua comunidade, sua origem e do Nelsinho que tem feito isso por nós."

Bate-Bola com Lucas e Matheus

Ser jogador de futebol é o sonho da maioria dos garotos brasileiros. E com Lucas Galdino, 11 anos, e Matheus da Silva Duarte, 10, não poderia ser diferente. Aos poucos eles vêm conquistando esse sonho. Além de campeões da Copa de Futebol promovida pelo Projeto Circuito Comunitário Saudável, nos dias 13 e 14 de dezembro, eles ficaram em quarto lugar na Danone Copa das Nações e agora foram convidados para treinarem nos times pré-mirim do Botafogo e do CFZ. na competição, Matheus também recebeu o título de melhor jogador.

Confira a entrevista com esses pequenos craques da bola:

Como está sendo a rotina de vocês agora?
Lucas: Chego cansado, vou para os treinos todos os dias, das 14h às 18h, no campo do Botafogo, em Marechal Hermes, e quando chego ainda vou para explicadora.

Matheus: Como estou treinando no campo do CFZ do Rio, na Barra da Tijuca, tenho que sair de casa às 11h da manhã. Por enquanto a professora está me liberando, pois estudo a tarde e os treinos são das 15h às 17h, mas serei transferido para o horário da manhã.

E os treinos? Estão gostando?
Lucas: É bem puxado. Não posso faltar. Até se tiver doente tenho que ir lá para o médico ver e me liberar. Mas a galera é bem legal. Todo mundo é bem amigo.

Matheus: É bem puxado mesmo, o campo é bem grande e tem que correr aquilo tudo. Antes do treino fazemos preparo físico, as vezes damos umas cinco voltas no campo. Mas estou gostando muito.

Entre meninos normalmente rola muitos apelidos. Vocês já têm algum?
Lucas:
Sim, me chamam de “Careca”. O apelido pegou porque no dia que fui jogar tinha acabado de cortar cabelo (risos).

Matheus: Na quarta de final da Copa Danone fomos para final contra o Caxias. O jogo foi 1 a 1 e tivemos que decidir nos pênaltis. Eu bati e as pessoas falaram que a forma que bati foi como a do “Maxwell” [lateral brasileiro que joga atualmente no Internazionale de Milão]. Aí meu apelido ficou sendo esse. Agora no CFZ estão me chamando de “Turbina” também porque dizem que eu corro muito.

E a alimentação? Vocês estão tendo mais cuidado?
Lucas: Sim, meu pai tem comprado bastante frutas.

Matheus: Quem falou para eu não comer muita fritura foi Tia Rosinha [do projeto Circuito Comunitário Saudável] e disse para comer muitas frutas também.

Matheus, como foi ser considerado o melhor jogador da Copa Danone? Matheus: Ah, foi bem legal. Ganhei troféu e dois ingressos para ver o jogo Flamengo e Botafogo, no Maracanã, dia 26 de abril. Nesse dia entrei ao lado do goleiro do Flamengo. Fiquei muito feliz.

Lucas e Mathues vendo um de seus ídolos no jornal, Adriano, atual jogador do Flamengo.




Os garotos em Fragoso onde moram.
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11 de maio de 2009

Batizado de capoeira reúne mais de 300 pessoas em Piabetá

No dia 3 de maio, aconteceu em Santa Lúcia, divisa com Piabetá, Duque de Caxias, o batizado e troca de cordéis do grupo de capoeira da organização Codecim, participante do projeto Circuito Comunitário Saudável. Mais de 20 pessoas, entre crianças e adultos foram batizados. O evento contou também com a presença de mais de 40 mestres do Rio de Janeiro. Ao todo, cerca de 300 pessoas assistiram a programação que teve início com palestras sobre alimentação saudável, tuberculose/HIV e dependência química.
Segundo Rosa Ramos, do Codecim, inserir as palestras antes do batizado teve como objetivo “conscientizar as pessoas que estão fazendo esportes o quanto é importante ter uma alimentação balanceada”.

O grupo de capoeira do Codecim reúne atualmente 30 pessoas de 6 anos de idade em diante. Os treinos acontecem aos sábados das 19h às 21h e domingos de 10h às 12h com o professor Carioca ou o instrutor Desenho. A atividade é gratuita.

Batizado

O batizado de capoeira é uma troca de cordel que acontece anualmente, simbolizando que o aluno está apto a subir de nível dentro do esporte, como uma formatura escolar.

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